Agora é com você (3)
Vamos lá, a saga continua. Mais carvão na fornalha. Fogo na botina. É hora de estumar o tiu. (risos)
Atenue. Depois pense em boost
Experimente corrigir problemas iniciais de EQ usando atenuação em vez do boost. O sistema auditivo humano é menos sensível ao corte do que ao aumento. Isto é mais aplicável se você estiver usando equalizadores hardware de baixo custo, ou da sua mesa e plugins. Eu já tinha lido essa dica há muito tempo atrás, e – quando comecei a mixar – eu fazia totalmente o contrário. Aí, me coloquei a trabalhar mais com atenuação, primeiramente, e percebi vantagens bem mais requintadas em termos de equalização. Não que isso nos impeça de usar certos boosts em frequências, pois num equalizador de 15 bandas, por ex., há algumas frequências mais sutis que você vai querer que se destaquem, como se fosse uma incisão mais cirúrgica. Em outra dica, ainda li algo bem nessa vertente: pense em boost com equalizadores com bastantes ranges. E pense em atenuação com equalizadores mais restritos. Enfim, façam os devidos testes e estamos entendidos.
Afaste-se do L2…
Essa dica eu gostei. Era um daqueles casos que eu fazia sem respaldo algum de orientação, apenas de ouvido. Não manter um limitador, como o L2, em seu master bus durante o processo de mixagem de áudio. Você não ganha nada quando você limita a sua mix durante o processo de mixagem. Lembro até que criei minha própria metáfora ´Marcelo, deixa as tracks respirarem, sem nada artificial no caminho´. Segundo a dica, o limitador torna difícil saber se e quando algum picos em seu mix exceder 0dB digital.
Mas a dica ainda oferece um respaldo de uso, dizendo que um compressor no master bus é bom quando bem usado, pois ele pode te dar noções preliminares no que seria dar aquela ´cola´ que você pode tentar aprimorar apenas na mix. Quer dizer, refine sua mix o máximo que conseguir, sem preencher 10.000 inserts logo de cara. Algo nessa onda…
Compressão em gupo
Essa, eu gostei bastante. Tente usar compressão em grupos de instrumentos, em vez de trilhas individuais. Isso muitas vezes pode ajudá-lo a alcançar resultados mais naturais e coerentes. Há casos, claro, que você desejará adicionar compressões distintas em trilhas individuais. Mas a dica fala das chances de você criar mixagens mais orgânicas e coesas quando você souber quais grupos de instrumentos responderem melhores a certos ajustes de compressões.
A porta é a serventia da… do estúdio!
De tempos em tempos, verificar sua mix ouvindo de fora da porta do home studio. Isso tende a mostrar desequilíbrios de volumes e frequências em níveis mais gritantes (exemplos mais proeminentes: solos de guitarras, vocais) do que quando se está em frente dos monitores. Não é aquela dica que abrange muito consenso, pois é restrita à discrepâncias mais evidentes, sendo de pouco uso elementos sutis de uma mix. Eu costumava fazer isso por acidente, quando estava indo pegar algo na cozinha, e a porta do meu HS encostava sozinha devido ao peso. De lá, percebia sempre nas mixagens iniciais a minha voz se sobressaindo. De qualquer forma, não posso afirmar 100% a extensão da eficiência dessa dica. Já aconteceu, sim, comigo. E em solos de guitarras, também. Creio que isso também acontece por aliviamento dos ouvidos, cortes abruptos de frequências altas, estar fora do turbilhão de ondas estacionárias, sabem. Enfim, mil coisas… (risos)
Inversão de fase
Caras, essa dica é um tanto nova para mim. Até porque eu sempre resolvo inversão de fases com reposicionamento de microfones. Diz a dica: não tenha medo do botão de inversão de fase. Inversão de fase em um instrumento em particular pode, por vezes, melhorar a forma como o instrumento interage com o resto da mix. Diz-se muito aplicável às baterias gravadas ao vivo. Tente sempre ouvir os efeitos da inversão de fase na relação entre os diferentes microfones de bateria na sua mix.
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